11 abril 2012

se não têm pão que comam brioches

Qualquer taxa ou imposto adicional sobre os produtos alimentares, neste momento, revela um grau de insensibilidade social, económica e política, notável.

6 comentários:

Ricciardi disse...

Bem, Joachim, durante o tempo em que estive aí em Portugal, entreti-me a fazer uma horta. Na verdade tinha que ser um Jardim-Horta por exigência da minha mulher. Fiz uma espécie de loteamento, com as hordas em flores e mais canteiros e tudo. Com avenidas e ruas em casca de pinheiro e quadrados de 2 m2 separados por cada produto plantado. Ainda tive tempo de fazer construções em bambu ou canas do tipo cabana de indio e de cowboys (por exigencia do meu filho).
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As estruturas tipo cabana de indio, em piramide, é para atar os tomatinhos e as dos cowbows é para os feijões e pimentos e pimentos de padron que uns picam e outros non e que eu, pessoalmente, gosto muito. Apareceram logo as toupeiras e ratos do campo e três plantinhas de rabanetes e duas de couve coração e quatro, soube hoje, de courgetes, foram destruidas pelos bichos.
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Segui os conselhos da sô d. maria, solteirona, reformada de um consultorio médico de oftalmologia e amississima do sô padre da freguesia; plantei à volta do loteamento horticula cebolas e alhos. Ela diz que os bichos não gostam do cheiro e pronto, vão-se, afiança.
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A minha cadela, que pariu há 4 dias duas cadelinhas e três caezinhos, e que fez esse servicinho em cima do sofa exterior de jardim que é de pano de um branco imaculado, esgravatou a horta à procura de qualquer coisa. Penso que terá enterrado ossos por ali, não sei. Peguei nela, com todo o cuidado que uma mãe merece, e dei-lhe dois biqueiros depois de lhe achafurdar o focinho nos buracos que fez na horta. Penso que terá percebido a mensagem. Mas nunca se sabe. Ela é meia doidinha. Emprenhou de um vadio muito maior do que ela. E aquilo parece que foi festa da grossa durante duas semanas. O ultimo macho levou com uma caixa de chumbos da minha arma de pressão de ar, mas este teve sorte porque eu estava longe. Irrita-me solenemente que um qualquer marmanjo ande para ali com as minhas meninas sem sofrer as consequencias. Ao menos que pague aqui ao chulo...

O ultimo dos corajosos a desonrar as minhas meninas conseguiu safar-se, mas ficou marcado. À maneira antiga coloquei umas gramas de fiambre fora de prazo por debaixo duma caixa de arame suspensa por um pauzinho atado a um fio. Uma ratoeira para cães. O estupido em vez de ir directamente ao fiambre, que estava no meio da caixa, bateu atabalhoadamente num dos lados da armadilha e ela caiu com o animal de fora.
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Sentou-se ao lado da armadilha a gozar. Eu tinha a ponta do fio na mão esquerda e a arma de pressão de ar, na direita. Errei prepositadamente, aquele bicho encheu-me as medidas, a vontade de ter sexo com a minha cadela era tão grande que eu senti ali amor verdadeiro e genuino. O meu lado mau levou isso em consideração e usei a cadela no cio como chamariz. Agora ela estava dentro da armadilha e ele havia de querer entrar lá para dentro. E entrou. Cacei-o. Mas enquanto pensava numa forma de levantar a armadilha sem que ele fugisse, o marmanjão pôe-se em cima dela.
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Levantei a gaiola e, mesmo assim, o gajo não descolava. Levou-a, aliás, de arrasto pela quinta fora presa pelas preponderancias do pecado do jovem.
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O meu sogro, bem me dizia, Ricciadi, cheira-lhes a sexo fácil e gratis, que queres tu, é a lei das coisas da natureza. Eu sempre lhe disse que a lei é para os outros cumprirem com as raparigas do alheio, não com as minhas.
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Lembrei-me disto a propósito da nova taxa sobre as grandes superficies. Então agora que fiz uma horta, sobredimensionada para as necessidades, queria ter mais clientela que me escoasse a coisa.
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E vai daí aparece uma Anja ministra que vai pôr os produtos dos hipermercados mais caros.
Depois desiludiu-me ao dizer que a taxa era irrisória. Havia de ser grande a taxa a ver se colocava mais facilmente as minhas pencas e tomatinhos pela aldeia toda e arredores. Agora se tiver de ir pedir ao chefe de compras do Modelo (que por acaso é meu primo) a ver se me compra a bom preço, ele, manda-me às favas e levo com o preço normal e ainda me diz para passar factura. Factura meu?
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Rb

Vivendi disse...

RB,

hehehehe

Enquanto andar por aí mais alhos da China que dos nossos é mandá-los a todos para o ...

Anónimo disse...

De há dois anos para cá nada consegue amofinar-me. Sou a retrato do povo que dizem indiferente. Dos milhares que assinaram o pedido de redução de deputados, e até hoje nada.

Subam impostos, desemprego, teime o governo em não baixar a TSU nem que a troika tussa.

Venham mais, mais notícias de ganhos catróguicos e explicações mexianicas. "Prós e contras" acesos até às tantas sobre nada.

Surjam mais multas do nada, quatro anos depois; pule a factura de energia um digito mais.

Espero, porque vai mudar. Para passar o tempo vou imaginando defenestrações cirurgicas: este, aquela, aqueloutro. Aquele e o outro.

Continuem. À esquerda e à direita estou a ver.

Unknown disse...

Rb, a terra de África tem este efeito, expande-nos a veia "satírica",,, hehehehe

Fernanda Viegas disse...

Só o Ricciardi, para me fazer rir numa hora destas e a esta hora. Quanto à nova taxa, já estou como o anónimo, indiferente. Deve ser esse o objetivo dos nossos governantes: anestesiar o povo. Nietsche dizia que"cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue aguentar". Por mim a escolha está feita.

marina disse...

é fácil perceber : consumo de combustível desceu para "mínimos históricos em janeiro" e o consumo de tudo de onde o estado traficante ia buscar receita á grande está a diminuir , logo , sem vergonha nenhuma na cara , atiram-se à comida.e disfarçam com a coisa muito científica de saúde e segurança patati patata engana tolos.
e o mais incrível é que se fale por toda a Europa de carência alimntar e estes cromos eurocratas mangas de alpaca continuem a obrigar a que se desperdice comida.