12 abril 2012

as empresas não pagam impostos

A ministra da Agricultura afirmou hoje que a taxa sobre a alimentação que o Governo quer aplicar aos supermercados visa obrigar a grande distribuição a contribuir para a segurança alimentar.
Assunção Cristas, que falava aos jornalistas à entrada de um almoço com empresários organizado pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola, disse que a criação da taxa "é fundamental" e vai servir para criar um fundo para a segurança e saúde alimentar.
"É isso que nos dá garantias de que consumimos produtos no seu melhor estado e com controlo muito eficaz", frisou.

PS: Quem vai pagar a taxa são os consumidores. "As empresas não pagam impostos", por assim dizer, todos os impostos são pagos pelos consumidores finais.

5 comentários:

Pedro Sá disse...

Ora Joaquim junte isto a várias intenções do Ministério da Saúde...este Governo, para minha surpresa, enredou pela ditadura do saudavelmente correcto.

E há aqui uma claríssima intenção de desincentivar as compras nas grandes superfícies e o hábito de comer nos centros comerciais...

Anónimo disse...

Caro Pedro Sá,
Sempre alerta.
Concordo consigo que há um grande exagero com o saudavelmente correcto, como diz. Julgo que são imposições da UE.

Ricciardi disse...

Mas olhe, voçê sabe quanto é a taxa? acho que a montanha vai parir um ratinho.
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Eu propunha o contrario do que o Joao Miranda propoe lá no blogue dele: isto é, propunha uma taxa de de 10% sobre os produtos agricolas importados (mas só aqueles que nós conseguimos produzir bem) e só para as grandes superficies.
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Ponham lá a carninha argentina 10% mais carota e a brasileira que não tem, nem de perto nem de longe, os custinhos de produção por imposição legal que os europeus são obrigados a ter.
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E os tomatinhos, hein? nesses passava a taxa para o dobro. Era ver uma corrida nos campos a produzir tomatinho...
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Eu até já estou a ver o pessoal dos escritórios de Lisboa, engravatados, directores de fundos, dealers da bolsa de derivados... e proprietarios de casas de investimentos da foz aos aliados, e até o Joachim a deixar as varizes da clientela e a regressar aos campos para produzir tomates.
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E a organizarmos centros de distribuição de tomates para os paises frios e quentes tambem mas que não tinham a taxa milagreira.
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E centros de investigação medico cientifica e tecnico cienctifica sobre as propriedade do fruto...

...e sermos reconhecidos no mundo inteiro, como sendo o país de gajos dotados com os melhores tomates; belos, bonitos e redondinhos prontos para servir a freguesia.
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Rb

Ricciardi disse...

Agora, os hipermercados são centros espcializados em Importação. Ele é televisões empilhadas até ao tecto, ele é cremes de barbear e laminas, ele é bolachinhas francesas, tomatinhos franceses também e que crescem no ar, sem terra, e só com água cheia de fertilizantes, e azeite espanhol, ó Deus, Espanhoolll, e pimentos de Padron (que é uma terra na galiza para quem não sabe) produzidos em Marrocos e embalados em Italia importados por espanha e exportados para Portugal ao preço de 4,5€ a caixinha. QUATRO euros, nossa senhora. No ano passado custavam DOIS euros. Um ano volvido e depois de terem conseguido arrumar os produtores espanhois e deslocalizar para Marrocos, passaram para o dobro.
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Adoro estas teorias globalizantes de que o consumidor vai ser beneficiado. Adoro-as.
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Rb

Vivendi disse...

Bravo Ricciardi...

Realista e assertivo.

Totalmente de acordo.