Os críticos da deslocalização da Jerónimo Martins para a Holanda não estão interessados na saúde da empresa. Apenas exigem uma fatia da tesouraria (já nem falo de lucros), quaisquer que sejam as circunstâncias.
Esta atitude tem tido resultados catastróficos para o tecido empresarial, com muitas empresas a falirem por não serem capazes de pagar o tributo exigido pelo (con)fisco e pela segurança social. A esquerda, porém, está-se marimbando, para usar um termo agora em voga.
O facto de a Jerónimo Martins se ter deslocalizado para um país da UE, não conta. Os críticos criticam, obviamente, mas também insultam, estigmatizam e até apelam a boicotes que só poderiam ser contraproducentes para o Ministério da Finanças.
Neste contexto, não é de estranhar que muitos capitalistas tenham abandonado completamente a indústria e o comércio, para se concentrarem na área financeira. Pelo menos aí, não têm de se preocupar com a maledicência esquerdalha. Gerem os seus negócios e marimbam-se.
O que não deixa de ser irónico é que as forças que estão a empurrar os capitalistas para a finança, sejam as mesmas que se lamuriam que a economia está financeirizada. Valha-vos Deus.
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