O aviso vem da UBS (Union des Banques Suisses), e da Suíça, a pátria do calvinismo, e é aqui reproduzido pelo Joaquim. A mensagem é clara e, em parte, dirigida aos portugueses. Diz assim: "Cuidado. Não saiam do Euro, isso vai custar-vos caríssimo. Deixem estar tudo como está".
Como está é que é bom, porque assim não vão ser só os alemães a comprar isso (Portugal) tudo a pataco, incluindo os bancos portugueses (que já estão a pataco na bolsa). Assim, como está, nós, suíços, também vamos comprar (a pataco). E com o vosso próprio dinheiro.
Nos últimos meses, em resultado da incerteza sobre o Euro, o dinheiro tem afluído em massa aos bancos suíços (em parte, também de Portugal), e o franco suíço tem subido em flecha. A tal ponto que o governo suíço está a tomar medidas para amenizar a situação, e que basicamente se traduz na seguinte mensagem aos cidadãos da zona Euro: "Párem. Já chega. Não mandem mais dinheiro". (cf. aqui)
O dinheiro que os estrangeiros (incluindo portugueses) mandam para depósitos na Suíça pode ser utilizado pelos bancos suíços para comprar activos portugueses (v.g., bancos), ou emprestado a cidadãos ou empresas suíças - a baixo juro, dada a abundância de fundos - para o mesmo fim.
A seguir aos judeus, e logo a seguir no ranking, existe uma outra cultura que eu olho com dupla precaução quando emite recomendações para o bem-estar dos outros - a cultura do protestantismo calvinista. A razão é que eles nunca pensam nos outros. Em primeiro lugar são eles, depois eles, e em terceiro lugar, ainda eles.
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