Recentemente, D. José Policarpo, o cardeal Patriarca, cometeu uma grande gaffe ao deixar cair numa entrevista que não via objecção à ordenação das mulheres, e que, na opinião dele, era apenas uma questão de tempo até que a Igreja a viesse a admitir.
A observação foi muito protestante e, consequentemente, moderna, mas radicalmente contrária à doutrina católica. O padre católico é suposto ser uma réplica de Cristo, e Cristo era homem. Portanto, o padre católico tem de ser homem. Ponto final parágrafo. Terá sido este o teor de uma carta que passados dias D. José Policarpo terá recebido do Vaticano. Na boca de um cardeal, a gaffe foi monumental.
A doutrina cristã, na sua interpretação católica, é uma doutrina eminentemente racional, e Deus a razão perfeita. A questão mais importante não é tanto a de saber por que é que uma mulher não pode ser padre, porque a resposta a essa questão está dada - porque Cristo era homem. Mais importante é perguntar porque é que Cristo, sendo homem, não tinha mulher, porque é que Deus nunca deu a Cristo uma mulher.
Porque não é possível a um homem servir ao mesmo tempo a Deus e a uma mulher.
É este também o sentido do pecado original. E é esta a razão porque Cristo não tinha mulher e, consequentemente, porque os padres, não se podem casar. Já houve um período na história da Igreja em que os padres podiam casar-se. As coisas não correram bem. Padres casados enfraquecem enormemente a Igreja, e não é certo que ela não acabasse por desaparecer. Porquê? Porque não é possível a um homem servir ao mesmo tempo a Deus e a uma mulher.
Não acredita? Experimente. Experimente viver com uma mulher e anunciar-lhe que, a partir de certo momento, vai passar a levar uma vida de padre (Cristo), uma vida de oração, meditação, recolhimento e de boas obras de amor ao próximo. Em breve a sua vida se tornará impossível. Quem lhe fará a vida impossível? A sua própria mulher.
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