"Porque é que os países actualmente em dificuldade não são uma amostra aleatória da zona do euro, mas sim praticamente os mesmíssimos que tinham idênticos problemas graves de desequilíbrio nas suas contas públicas e externas no século XIX? (...) Um país com moeda própria e com problemas sérios nas contas externas pode ver a sua moeda atacada pelos especuladores. Este ataque tem um duplo efeito, castiga o país, cuja produção passa a valer menos, mas recebe uma forte ajuda para corrigir as suas contas externas. Depois da depreciação as exportações aumentam, o défice externo cai e o problema que desencadeou o ataque é resolvido. E como é com as taxas de juro no euro? Elas têm uma óbvia capacidade de castigar, mas uma enorme dificuldade em ajudar a corrigir problemas (...) a subida das taxas de juro sinaliza o problema, mas agrava o défice público, dificulta o investimento e o crescimento.", Pedro Braz Teixeira, na edição de hoje do Jornal de Negócios ("Fim do euro", página 37).
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