Os juros exigidos à República Portuguesa recuaram significativamente nos últimos dias, de 7 para 6%, após o Banco Central Europeu ter anunciado o reforço do programa de compra de dívida soberana no mercado secundário. No curto prazo, o BCE aliviou, assim, um pouco a pressão, dando aos Governos mais espaço de manobra para a implementação gradual das suas políticas de austeridade, a fim de conter os respectivos défices. Infelizmente, como disse hoje Alan Greenspan ao canal CNBC, o BCE arrisca-se a que os Governos, agora com as costas quentes, se esqueçam da missão que têm entre mãos - no nosso caso, evitar a bancarrota de Portugal -, por isso, este pode muito bem vir a revelar-se um presente envenenado. E, de facto, há motivos para apreensão.
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