Parece que o PS e o PSD não se entenderam quanto ao OE 2011. Assim sendo, resta ao PSD chumbar o Orçamento, provocando a crise política, enquanto o país viverá em duodécimos durante uns meses.
A minha leitura é a seguinte: sem OE - e, pior ainda, na ausência de potencial de crescimento económico, permanente e estrutural - os custos de endividamento da República Portuguesa vão aumentar, fazendo com que o rácio entre dívida pública e PIB cresça de tal forma que, em breve, não restará outra saída que não uma de duas: a) o recurso ao FMI ou; b) um perdão de dívida. E, pela primeira vez, desde há muito, creio que não serão os políticos a decidir. A crise vai cair na rua e será o povo português, que se prepara para descer à realidade, que terá de se confrontar com opções de longo prazo. Infelizmente, todas essas opções causarão sofrimento no curto prazo.
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