A intervenção de hoje do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, na Assembleia da República foi esclarecedora: por vontade do PS, os impostos vão voltar a aumentar. E se isso não acontecer nos próximos meses, provavelmente ainda em 2010, então, é porque o Governo caiu.
Deste modo, o mais provável é que o Governo aumente o IVA - que já responde por 40 por cento (!) de todas as receitas fiscais - e, de um modo generalizado, todos os impostos indirectos (sobre produtos petrolíferos, sobre veículos, sobre o tabaco, sobre o álcool, de selo, etc.) que, em conjunto, representam 60 por cento da arrecadação fiscal e que, ao contrário da tributação directa (IRS e IRC), registam um franco crescimento face ao período homólogo. De resto, os impostos indirectos são os mais eficientes, pois tributam todos de forma transversal e são mais fáceis de cobrar. Adicionalmente, por razões simbólicas, também é provável que seja criado mais um escalão de IRS, sendo que daqui não se obterá nada de material. E assim se fará a correcção orçamental, até que a próxima crise rebente novamente.
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