§ 2. Do pensar.
O núcleo constituinte do filosofar como tarefa organiza-se em torno da actividade do pensar.
De dentro do real — e como ingrediência dele — pensamos, recortando na totalidade deveniente em que lateja focos e objectos de interesse, demandando inteligibilidade e saber, antecipando possibilidades e computando estratégias, operando um seu processamento apontado a uma apropriação re-flectida da concreção dinâmica do ser.
De dentro do real pensamos, sempre mediados, e intermediados, pela presença, próxima e remota, do outro e de outrem — no espaço-tempo material de uma convivialidade e de uma cultura onde as interacções (da comunhão e do diálogo ao conflito e à contradição) formam o elemento em que se geram e determinam conteúdos, posições, perguntas.
De dentro do real pensamos, sofrendo o peso e as vicissitudes do poder que sobre nós exerce, mas também intervindo nele pela des-coberta dos seus meandros, pela sondagem do seu teor, pelo surpreender dos leques de possíveis que adiante de si projecta — na unidade dialéctica de um processo que nasce de, acompanha e perspectiva práticas de transformação.
PS: Quem é o autor deste texto?
1. Zandinga
2. José Barata Moura
3. José de Pina
Sem comentários:
Enviar um comentário