Tomei conhecimento do blogue do Rui Botelho Rodrigues através do Insurgente. Li os posts linkados e deixei aqui uma breve nota sobre a atitude dos libertários em relação ao Estado. Não tenho qualquer dúvida de que a minha observação estava correcta e de que a grande maioria dos libertários não defende a eliminação do Estado.
O RBR teve a amabilidade de me responder e de iniciar uma polémica a que eu respondi com os argumentos clássicos sobre este assunto. Pelo caminho fui-me penalizando pela minha falta de originalidade, mas a verdade é que todos os meus argumentos tinham sido “tomados de empréstimo”.
Diga-se, em abono da verdade, que também nenhum dos argumentos do RBR era de facto dele. A polémica ficou portanto esvaziada de conteúdo. Os interessados podiam, com muito mais utilidade, recorrer à Rand, ao Hayek, ao Mises ou ao Rothbard, do que perderem tempo comigo ou com o RBR.
O RBR contudo, não se apercebeu de quem eram os seus contendores e desafiou-me a contestar as suas respostas aos “meus argumentos”, como se estes fossem de facto meus. Enfim.
Mesmo assim, senti-me motivado a reler o Rothbard (The Ethics of Liberty), o que me endivida perante o RBR pelo prazer que retirei desta leitura.
A obra de Rothbard está obviamente datada e ultrapassou largamente o prazo de validade. Guarda apenas o interesse masturbatório que os intelectuais gostam de devotar aos seus ícones. O conceito que Rothbard faz dos seres humanos já estava ultrapassado no seu tempo.
Nós não somos “tábuas rasas”, desprovidos de instintos e guiados apenas pela razão. Nós somos mamíferos da espécie Homo Sapiens, com uma natureza própria, transportando milhares de instintos e necessitando tanto das emoções como da razão (Damásio).
Entretanto, o RBR começou a levar a mal as farpas que eu fui deixando para o Rothbard e acusa-me de ser intelectualmente desonesto. Caramba, agora que eu tinha um nome para o movimento anarco-capitalista que ele está a lançar em Portugal.
Apesar de ser minha propriedade eu cedo-lhe todos os direitos exclusivos:
Movimento Rothbardiano Para Portugal – MRPP (peço desculpa, de novo, pela falta de originalidade, mas há lá uns tiques...).
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