...é aquilo que oiço dizer no ginásio que frequento sempre que pergunto pelo fenómeno de obesidade que, no espaço de uma geração, cresceu em Portugal (como em todo o mundo).
É curioso observar, pela fotografias de família, que há 30 anos a malta era magrinha. No caso dos homens, os traços em comum, naqueles idos finais de anos 60 e início de 70's, além do facto de serem magrinhos, eram as calças à boca de sino, os cabelos compridos e as bigodaças. As mulheres também eram mais elegantes do que são hoje aos 30 anos e a verdade é que tinham mais filhos e tinham-nos mais cedo.
Chegados ao novo milénio, verificamos que, agora, a malta com trinta e poucos anos para cima é genericamente obesa. Entre a juventude, há hoje uma crescente percentagem de adolescentes obesos - sobretudo raparigas. E o Estado oferece uma coisa espantosa chamada "Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade", a propósito do qual, escreve o Público, não foram cumpridas as metas. Ou seja, não obstante a boa vontade dos burocratas, permanecemos obesos! No meu espírito, não restam dúvidas de que aquele programa do Estado é uma idiotice gerada num gabinete ministerial qualquer, inspirada num modelo civilizacional superior, e que abusa da excessiva generosidade do Sistema Nacional de Saúde. Se os médicos fossem como alguns personal trainers que conheço ("come mais um bolo e rebentas" é outra das minhas preferidas) e não existissem estes programas, que mais não são do que um desperdício de dinheiro, existiriam menos obesos e, sobretudo, menos obesas, para gaúdio do nosso Joaquim e de outros observadores mais ou menos atentos!
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