12 agosto 2010

da imbecilidade

Seguem-se algumas pérolas de Rui Botelho Rodrigues, uma estrela em ascensão na blogosfera luso-libertária, a quem aviso, desde já, que a minha tolerância e paciência para lhe ler as imbecilidades terminam aqui.

Não tendo o grato prazer de o conhecer de lado nenhum, não me é possível afirmar que se trate simplesmente de um imbecil, embora, muito francamente, pelo que escreve, pareça. Mas, repito, não o conhecendo, devo cingir-me aos "comentários" que publica no seu blog e não à "pessoa". Por essa razão, aqui se seguem uma série deles, para fundamentar esta minha "ideia" a seu respeito.

Espero que ele não reaja a esta tentativa de debater "ideias" como uma "virgem ofendida", ainda que, por azar, eu o tenha apanhado "naqueles dias do mês", durante os quais as "sensibilidades" femininas costumam estar mais "à flor da pele".

Vamos lá, então, ao que interessa, para ver se aprendemos alguma coisa:

Sobre o poder paternal:

«Se o Rui quisesse juntar-se a uma comunidade católica e ver o abandono paternal «castigado», seria livre de o fazer. O que o Rui parece não perceber é que outros indivíduos talvez preferissem poder dá-los para adopção sem serem castigados.»


Sobre a ética:

«Ética Política é a ciência ou ramo filosófico do uso justo de violência.»


E, agora, sobre a ética a la carte:

«Porque a imposição da moral só pode ser centralizada - isto é, só pode ser levada a cabo por um monopolista territorial compulsório de lei e de ordem. Numa sociedade anarco-capitalista cada indivíduo escolhe a «lei moral» de acordo com os seus valores culturais e individuais, enquanto é submetido à «lei ética» - ao princípio da não-agressão.»

«Além da narrativa histórica que refuta totalmente essa aspiração, é importante inquirir o porquê de não a aplicar uma ética que coincide totalmente com a moral na sua totalidade, e limitá-la somente a questões pontuais. A razão só pode ser arbitrária e fundada numa premissa falsa»



Sobre o problema da agressividade no comportamento das espécies (ler Konrad Lorenz e os estudos etológicos sobre os babuínos):

«PS 2: É também óbvio que ao referir-se à «libertarian society of the future» Rothbard está simplesmente a usar uma ferramenta mental, para estudar as implicações práticas da sua teoria. Sugerir que a expressão tem qualquer significado milenarista é não apenas estúpido, é desonesto.»


Sobre o "mercado de bebés indesejados":

«Numa tal sociedade de comunidades voluntárias e sem agressão institucionalizada estará sempre aberta a possibilidade de os católicos (e outras pessoas que partilhem o mesmo desejo) se ofereçam para adoptar os filhos de pais que não pretendem alimentá-los ou educá-los. Para mais, dada a existência de mulheres infertéis que, no entanto, desejam ser mães, existiria - na ausência dos parâmetros legais que o proibem no presente - um mecado para «bebés indesejados».»

«Essa «procura de bebés indesejados» essencialmente acabaria com o incentivo para simplesmente abandonar uma criança e deixá-la morrer, já que existiriam remunerações monetárias para quem escolhesse o caminho alternativo de entregar a criança aos cuidados de quem se dispõe a cuidar dela.»



Mais uma vez, sobre babuínos:

«Se o Joaquim quiser posso aborrecer-nos, a mim e a ele, com citações das obras e autores onde os argumentos foram desenterrados (que não serão só de Rothbard, asseguro-lhe). Mas se é para obter respostas como as que tenho obtido, não o farei. Existe um limite para a paciência e para a tolerância.»

«4. Sim, a grande maioria dos libertários não defende a eliminação do Estado. Como tentei explicar, mas obviamente caiu em saco roto»



Sobre honestidade intelectual:

«O Joaquim persiste na confusão ou desonestidade de misturar conceitos e confundir ideias.»

"3. O comentário foi, igualmente, desonesto. Porque se o objectivo é discutir ideias, então o Rui A - que nem sequer tem a decência de acusar directamente, só de sugerir - com sugestões desse género não contribui para o debate, para clarificar ideias ou para refutar premissas. Serve apenas para assustar quem é estrangeiro a esta discussão e chega a ela pela primeira vez. Como estratégia, pode ser eficiente. Mas é simplesmente uma parvoíce desonesta."


Sobre a "lei natural":

«A primeira razão para tal é que, efectivamente, é impossível para um indivíduo ter controlo sobre o corpo de outro da mesma forma que esse outro tem sobre si mesmo. Dessa impossibilidade, essa «lei natural» se quisermos, nasce o conceito ético de que o justo proprietário de um corpo é o indivíduo que raciocina através dele e que só ele pode decidir unilateralmente o que usos dar ao seu corpo.»


Sobre os direitos divinos de propriedade:

«A suposta propriedade do Criador sobre todos nós não eleminaria o facto de que vivemos num universo de recursos escassos, e logo não eliminaria a necessidade de propriedade entre seres humanos.»


Sobre o bom gosto:

"Um último ponto: o sentimentalismo com que o Joaquim pretende discutir questões filosóficas, políticas e éticas é, além de ridículo e de mau gosto, completa e absolutamente fora de contexto."


Sobre desonestidade intelectual:

«O Joaquim persiste na evasão (1, 2, 3 e 4), depois de ter pedido um debate. Será a evasão uma indicação da falta de convicção ou de elasticidade mental do Joaquim, ou apenas uma forma de não ser confrontado com argumentos que não consegue contradizer? Eu não sei a resposta. E sinceramente, não me interessa. Seria injusto julgar todos os minarquistas pela incapacidade e desonestidade intelectual do Joaquim.»


Sobre as ciências médicas:

«A medicina também resulta de um mal (as doenças), no entanto, só um louco poderia daí concluir que é necessário um monopolista territorial de medicina. Já agora, resultar de um mal não significa que algo seja mau. E algo que é um mal, não pode ser necessário. Se é necessário, não é mau.»


Sobre Reagan e Churchil:

«Tal como o mito de Winston Churchill, o mito de Ronald Reagan tem origem na, e vive da, retórica, do sofismo e da elouquência. Mas se Churchill era, de facto, um homem brilhante (mas maligno) e escrevia sublimemente, Reagan era simplesmente um actor – ou seja: um homem treinado na arte de enganar.»

«Ronald Reagan não passou de um impostor; isto é, foi na política o mesmo que fora antes da política: um actor, ou seja, um farsante. O seu único feito foi ligar o bom nome do Mercado e da Liberdade ao seu contrário, e assim mais uma vez denegrir as boas ideias que a sua retórica aplaudia, mas que os seus actos traíram sempre.»


E, por fim, sobre a masturbação:

"Logo, é óbvio que não nos auto-criamos, porque tal é biologicamente impossível."

"É uma ferramenta que simplesmente não serve para o trabalho em mãos."

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