31 julho 2010

terrorismo


A "silly season" entrou na fase da idiotice: "Isabel Alçada quer acabar com os chumbos".
Enfim, desde há ano e meio que dou aulas no ensino superior e se há coisa que, nesta nova experiência, me tem chocado é a incompetência da generalidade dos alunos na escrita - a maioria não sabe escrever em português. A opinião generalizada é a de que a forma não interessa - só a substância é que é importante -, mas, raios, há limites!

Ora, segundo tenho lido, as maiores dificuldades dos estudantes portugueses centram-se no Português e na Matemática. E, aparentemente, nada se tem feito para combater estas lacunas, pois muitos alunos continuam a entrar na Faculdade com notas negativas naquelas disciplinas. Agora, se esta inusitada proposta da professora ministra for implementada, então, qualquer dia, os alunos ainda entrarão na Universidade pior que analfabetos. Na realidade, na minha opinião, o caminho adoptado deveria ser o inverso: ninguém deveria entrar no ensino universitário público com notas negativas - muito menos sem saber ler, escrever nem contar.

Infelizmente, serão os alunos aqueles que sairão mais penalizados, pois, neste mundo cada vez mais competitivo, as suas pseudo-competências nem para plantar batatas servirão. Do outro lado da balança, estarão os inconscientes que promovem estas medidas e que, em troca das estatísticas internacionais e da simpatia do povão, enterram o futuro do país. Caros leitores, perdõem-me a rudeza das palavras, mas estes senhores e senhoras que querem desclassificar e desqualificar o ensino em Portugal são terroristas e traidores. Estão a atentar contra Portugal.

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