30 junho 2010

sem surpresa

Apática, passiva, desmoralizada, sem fibra, sem ambição, sem confiança, assim foi a Selecção Nacional perante uma Espanha que lhe ganhou com naturalidade. Não sei porque estranho mistério, o futebol português da nossa Selecção é um espelho fiel do que somos como país: medrosos, sempre à defesa, sem perceber que só ganha quem olha para a frente e consegue marcar, à espera que a bola entre por milagre. No fim, ninguém tem responsabilidade por nada e a culpa pertence sempre ao parceiro do lado. Quando as coisas ainda correm menos mal é quando alguém vindo de fora manda em nós. Sempre nos caracterizou essa pacóvia veneração pelo que não nos pertence. Entregues a nós próprios e à nossa infinita pequenez, resta-nos a mediocridade em que quase sempre vivemos.

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