09 junho 2010

competição nas salas de aula

Depois de os meus pais terem feito amor, os milhões de espermatozóides do meu pai começaram a correr loucamente para ver qual atingia primeiro o óvulo da minha mãe.
O que é interessante é que só um pode ganhar a corrida, só um pode seduzir o óvulo. Este é um pouco caprichoso pois, habitualmente, escolhe o espermatozóide mais saudável, aquele que mais lhe interessa.
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A linguagem da concorrência e do mercado invade as salas de aula pela porta insuspeita da educação sexual. Como é possível aceitar um só vencedor? Como é possível conviver com o desprezo pelos milhões de perdedores. Só porque são mais fracos, só porque são menos saudáveis?
Que conclusões podem as crianças tirar de uma perspectiva destas? Foi para isto que introduziram a disciplina de educação sexual?

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