20 junho 2010

a mania de ser inteligente


Amanhã, Portugal joga contra a Coreia do Norte, naquele que será uma oportunidade para a selecção se redimir do jogo contra a Costa do Marfim. Entretanto, já se sabe que Deco, a par de CR7, um dos mais influentes jogadores da equipa, não joga e, mais uma vez, esta nova ausência está rodeada de polémica. E confirma-se que Queiroz vive num mundo à parte. A sua intervenção na conferência de imprensa de hoje foi o exemplo daquilo que um líder não deve dizer. Vejamos:

“Um erudito da literatura dizia que o caminho mais directo entre dois pontos, com um muro pela frente, é uma linha circular, não ir sempre em frente. É essa que tem de ser a nossa estratégia”, continuou Carlos Queiroz que, sempre a falar por metáforas explicou: “Se temos uma muralha de jogadores e imaginar, por absurdo, que há uma equipa que tem como estratégia de jogo um bloco defensivo com nove jogadores do lado esquerdo parece-me menos claro jogar contra esses nove se há menos adversários do outro lado. Por vezes, no futebol, o caminho mais curto para a baliza não é uma linha recta.”

Enfim, como já aqui escrevi, o problema maior de Portugal é o seleccionador. Não sou o único que tenho esta opinião. Esta semana, no Expresso, Miguel Sousa Tavares escrevia "(...) há um erro fundamental de interpretação do professor quanto ao mandato que lhe foi confiado. Ele acha que aquilo que vem mostrando é o bastante para manter a pátria orgulhosa. E que, se daqui não passarmos, há sempre desculpas e explicações que nos consolam e onde ele é emérito (...) Segunda feira que vem, contra a Coreia do nosso Querido Líder, selecção nº 104 no ranking da FIFA, a nossa principal esperança é uma revolta a bordo ou uma manobra de génio do piloto principal, o Cristiano Ronaldo. Vá, heróis do mar, revoltem-se: a pátria agradece". Eu também!

Ps: A minha aposta para este Mundial, a Holanda, soma e segue. É uma máquina de bem jogar - mas que, também, sabe ganhar sem jogar bem -, não tem "mega" vedetas e, coisa indispensável nas equipas campeãs, tem dois ou três "mauzões" para bater nos adversários mais incovenientes. Juntamente com a Argentina, a Holanda tem sido a melhor equipa.

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