15 junho 2010

capitalismo e liberdade

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Se quisesse fazer uma única alteração, seria substituir a dicotomia entre a liberdade económica e a liberdade política pela “tricotomia” entre a liberdade económica, a liberdade cívica e a liberdade política. Depois de eu ter completado o livro, Hong Kong (antes de reintegrar a China) convenceu-me de que enquanto a liberdade económica é uma condição fundamental para a liberdade cívica e a liberdade política, a liberdade política, apesar de desejável, não é uma condição necessária para a liberdade económica e cívica.
Nesta linha, uma insuficiência deste livro é o tratamento inadequado da liberdade política, que nalgumas condições promove a liberdade económica e cívica e noutras inibe a liberdade económica e cívica.


Milton Friedman, no prefácio do livro Capitalism and Freedom (2002).

Separar a liberdade política da liberdade cívica parece-me um artificialismo difícil de explicar. Mesmo assim, Friedman, talvez influenciado pela experiência chilena, parece estar convencido, em 2002, que o capitalismo pode ter sucesso em regimes autoritários.
Eu concordo com este ponto de vista, o que penso é que o chamado capitalismo iliberal é sempre transitório. No Chile foi.

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