Durante o seu mandato, o Presidente fez umas três intervenções públicas de que me lembre. A primeira foi sobre os poderes presidenciais, a segunda foi sobre espionagem e a terceira, ainda fresca, foi sobre impotência. A impotência do Presidente para travar “o fim do casamento heterossexual”.
Será possível estabelecer um fio condutor entre estas intervenções? Penso que sim.
Cavaco está a dizer-nos que a sua magistratura tem poucos poderes, tão poucos que ele tem de os guardar zelosa e recatadamente, não vá o diabo tecê-las.
Cavaco está também a dizer-nos que não contemos com ele para nos ajudar a sair da crise. O Presidente gostaria, mas não pode.
Esperemos, pelo menos, que reze por nós, como pediu ao Papa para fazer.
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