A bíblia do liberalismo pode resumir-se num parágrafo:
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade (do texto da declaração de independência dos EUA – 1776).
A superioridade moral do liberalismo resulta de atribuir à vida humana um valor transcendental, associado a direitos inalienáveis. Direitos que são iguais para todos, porque todos são “filhos de Deus”. O liberalismo é também uma profissão de fé na capacidade de cada ser humano “procurar a felicidade”.
Imaginemos agora uma sociedade em que a maioria das pessoas tenha um locus externo e esteja à espera de que sejam terceiros a definir a própria ideia de felicidade. Essa sociedade ficaria à mercê dos vendedores de ilusões. Nunca poderia ser uma sociedade liberal.
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