Nas últimas semanas, terei sido dos poucos a defender abertamente que se devia deixar cair a Grécia. Não foi essa, contudo, a opção seguida pelos governantes europeus, que preferiram lançar mão de 120 mil milhões de euros em vez de punirem a Grécia pelas avarias dos últimos anos. Em Portugal, a opinião generalizada é a de que esta opção - salvar os gregos - é aquela que melhor servirá os interesses da nossa própria República. Não estou nada certo disso. Embora admita que o efeito de contágio, associado a um eventual incumprimento da Grécia, pudesse conduzir Portugal a uma situação de limite, também acredito que, estando nós em ponto de rebuçado, seria a melhor forma de encostar à parede os políticos que nos governam e fazer com que tomassem as decisões certas. Assim não. Portugal vai manter-se na morte lenta até 2013, quando, por alturas do fim do QREN e da obrigatoriedade de passar a subsidiar o alargamento da UE a leste, o país vier a estourar, a exemplo do que agora sucedeu na Grécia. Resta saber se, então, existirão os milhares de milhões de euros para resgatar esta pequena economia na perfiferia da Europa...
Sem comentários:
Enviar um comentário