O estado foi sempre um empecilho para a vida dos cidadãos, mas está a tornar-se pior a cada dia que passa. Em particular, gostaria de lançar um debate sobre a intervenção do estado em certas situações de risco potencial para as populações, como a Gripe A e, mais recentemente, o vulcão da Islândia.
Devido à centralização administrativa, as autoridades públicas começam por procurar soluções nacionais ou globais para lidar com ameaças deste tipo. Depois, tentam assegurar uma margem de segurança elevada. Estes dois factores combinados acarretam custos incomportáveis e condicionam a vida dos cidadãos para lá do que é legítimo o estado impor.
No caso da gripe A, o estado aterrorizou a população, ameaçou com processos crime, insultou as “forças de bloqueio”, gastou milhões de euros desnecessariamente e no fim, quando nos apercebemos do exagero, nem uma desculpa. O agentes do estado exageraram no zelo mas, digo eu, talvez fosse difícil terem procedido de outro modo.
No caso do vulcão da Islândia, o encerramento de todo o espaço aéreo do norte da Europa parece ter sido outro exagero desnecessário que custou biliões. Mais uma vez, porém, as autoridades públicas dificilmente poderiam ter procedido de maneira diferente.
O problema, nestes casos, é que o estado substituí-se aos cidadãos na decisão sobre o risco que estes estão dispostos a assumir e, nesse processo, têm sempre de maximizar as precauções. Não adoptam um grau de precaução razoável.
Em relação à gripe A, eu estava disposto a confiar na opinião do meu médico e se o estado não tivesse metido o bedelho, as vacinas poderiam ter estado à venda nas farmácias para quem o desejasse.
No caso da aviação civil, eu estou disposto a confiar nas autoridades aeroportuárias, nas companhias de aviação e nos pilotos, estes últimos por razões óbvias.
Nas situações de risco referidas, temos de reconhecer que a massificação das soluções não deu bom resultado.
Um estado mais liberal permitiria o recurso a opções mais diversificadas, menos onerosas e mais respeitadoras dos direitos de todos.
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