No mundo simples da MC, entre o sexo axial e os quadros do Couber, a realidade é sempre branca ou preta. Não há tonalidades de cinzento.
Quando um cardeal do Vaticano afirma que existe uma relação entre a homossexualidade e a pedofilia, a MC “tira-se do sério”, ela e a filha.
Como é possível que a Igreja não saiba aquilo que até as crianças conhecem?
Sem pretender entrar em polémicas infantis, gostaria contudo de fazer algumas observações sobre este assunto.
Em primeiro lugar é patético atribuir à Igreja toda a responsabilidade pelas declarações de uma pessoa, mesmo tratando-se de um cardeal. A Igreja é uma organização, a Igreja não sabe, a Igreja apenas tem a sua doutrina.
Em segundo lugar, é necessário analisar de que estamos a falar. Estaremos a falar de pedofilia no sentido psiquiátrico do termo ou no sentido legal?
Se estivermos a falar de pedofilia no sentido psiquiátrico (atracção sexual por pré-púberes) é fácil aceitar que não existe qualquer relação entre a homossexualidade e a pedofilia. Mas se estivermos a falar da pedofilia legal (sexo com menores – dito de forma simples) então é claro que existirão homossexuais legalmente pedófilos, pelo menos na mesma percentagem que existem heterossexuais legalmente pedófilos.
Não conheço os casos específicos a que o cardeal Tarcísio Bertone se referia, mas poderia estar a falar de padres homossexuais que se envolveram com jovens menores, mas sexualmente desenvolvidos e até activos.
Enfim, as tais nuances de cinzento que dão muito trabalho a compreender e a explicar.
Já agora, se uma filha minha, presumo que ainda pequena, me viesse fazer comentários sobre a “ignorância da Igreja” em matéria de sexo, sabem o que é que eu lhe dizia?
- Cala a boca e não te ponhas a falar do que não sabes. A Igreja é especialista em sexo desde o tempo de Adão e Eva.
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