07 março 2010

a tripalhada


Num post anterior, fiz uma primeira tentativa para caracterizar uma socieconomia baseada na doutrina do catolicismo - a Doutrina Social da Igreja - e compará-la com uma socieconomia baseada na doutrina do liberalismo, por um lado, e do socialismo, por outro.
A coisa saiu um bocado empastelada, para dizer o mínimo, a tal ponto que um filho meu, cuja profissão é a de tratar da tripalhada a quem lhe aparece pela frente, e que ao final de cada dia de tão esgotante actividade, ocasionalmente dá uma olhadela ao PC, me enviou um sms com a seguinte mensagem : "For God's sake, please stop writing like a priest!" (Ele só se corresponde comigo em estrangeiro) e, mais tarde, me fez saber que já nem ele próprio tinha paciência para me ler. A outro membro da família, com influência bastante para corrigir os meus excessos, fez saber que qualquer dia eu andaria aí pelas ruas vestido de saia preta.
Eu não me incomodei muito com a crítica. Portugal nunca produziu grandes intelectuais no sentido moderno da palavra - cientistas ou filósofos. Aquilo que Portugal produziu foram grandes missionários, como os Padres António Vieira, Manuel da Nóbrega ou José Anchieta (os dois últimos fundadores daquela que é hoje em dia a capital da América Latina, a cidade de S. Paulo). Decidi que não seria diferente - um missionário -, e prosseguiria a minha obra. Iria dividi-la numa pequena série de posts. O primeiro é já a seguir.

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