03 março 2010

sim ou sopas III

Os portugueses são remunerados em dinheiro e em espécie. O rendimento em numerário é complementado com subsídios e com avultadas transferências sociais.
Para não alongar demasiado este post, concentremo-nos no exemplo de uma família modesta, constituída pelo casal, o José e a Maria, e por dois filhos menores, o Cristiano e a Íris.
Imaginemos que ambos os cônjuges auferem o SMN (2 * 475,00€). Provavelmente vivem num prédio de renda controlada ou num bairro social, uma mais-valia de cerca de 500,00 €/mês. O abono de família para as crianças são mais 100,00 €.
Depois há que adicionar o custo da educação e da saúde. O Estado gasta com cada criança uma média de 6.000,00 € por ano e na saúde 1.000,00 €/per capita/ano. Feitas as contas são mais 1330,00 € de rendimento por mês.
Ou seja, a referida família aufere um rendimento de 2.880,00 € /mês.
...
Se o Estado entregasse um voucher a esta família para o colégio dos filhos, num valor de 300,00 € /mês para cada filho, e os contemplasse ainda com um seguro privado de saúde para todos (tipo ADSE), num valor global de 2.800,00 € /ano, pouparíamos 6.000,00 €/ano.
Teríamos espaço para aumentar as remunerações em dinheiro e ninguém perderia quaisquer benefícios.
O único problema é todos seríamos mais livres e isso é um engulho inultrapassável.

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