Havia uma grande diferença entre a dívida empresarial e a dívida soberana. Se uma empresa não pagasse, os credores ficavam com os activos. Se um Estado não pagasse, os credores ficavam com os prejuízos.
Pelo menos foi assim em todos os casos recentes de que me consigo lembrar. As empresas desaparecem do mapa de um dia para o outro, mas os Estados não. Daí que as regras sejam completamente diferentes.
Contudo, parece-me que estão a mudar, como se pode deduzir deste post. A mensagem dos alemães é muito clara, não podem pagar? Passem para cá os vossos activos.
Na minha opinião, esta atitude é insustentável.
Se o governo Grego entrar em incumprimento, os credores devem engolir os prejuízos. E os gregos devem sofrer as consequências de perderem o crédito nos mercados internacionais.
Os alemães e por extensão as instâncias europeias estão a comportar-se como uma máfia de agiotas. Isto não augura nada de bom.
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