11 março 2010

Política económica (vi)

Visto de avião é assim. Mas se você descer lá abaixo.

O socialismo pôe o ênfase na comunidade nacional. A produção deve ser organizada para servir o país e a empresa privilegiada é a empresa possuindo uma dimensão nacional, frequentemente revestindo a forma de empresa pública. A política económica pratica-se à escala do país e para servir os interesses do país. A gestão da economia é feita a partir do Estado central através de políticas (fiscal, monetária, etc.) que afectam todos de forma igual. A política macroeconómica de inspiração kaynesiana, e a intervenção do Estado na economia, encontram o seu reino na economia de inspiração socialista.
O liberalismo coloca o ênfase na comunidade internacional. A produção deve ser organizada para servir indistintamente o mundo e a empresa privilegiada é a empresa possuindo uma dimensão internacional ou multinacional. O liberalismo rejeita a ideia de uma política económica e, no máximo, aceita a existência de uma instituição supranacional cuja função principal é a de estabelecer e garantir uma legislação eonómica - as chamadas regras do jogo - que seja igual para todos os países, e que sirva para arbitrar os conflitos de interesses entre países. A economia liberal é o reino do funcionamento espontâneo dos mercados.
O catolicismo enfatiza a comunidade local (vila, cidade). A produção deve ser organizada para satisfazer as necessidades locais, e a empresa privilegiada é a empresa local, revestindo frequentemente a forma de empresa familiar. A política económica exerce-se primariamente ao nível da localidade e só subsidiariamente ao nível da região e do país. A política económica entre localidades reveste sobretudo a forma de acordos comerciais, envolvendo clausulas de protecção e reciprocidade, e de joint ventures tendentes à produção conjunta de bens que cada uma das comunidades não consegue assegurar por si própria. A economia de inspiração católica procura encontrar um compromisso entre o funcionamento livre dos mercados e a intervenção das autoridades políticas, a qual deve ser sempre subsidiária.

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