Algumas pessoas acreditam no Pai Natal, outras acreditam na transformação da quantidade em qualidade, no chamado materialismo dialéctico. A teoria mais ridicularizada do Séc. XX.
Penso que é a fé no materialismo dialéctico que está subjacente a este post do Daniel Oliveira, no Arrastão. O autor fala da mercantilização da saúde, da educação, da informação, etc., e acredita que estes bens e serviços deveriam escapar aos circuitos mercantis.
Vejamos, para prestar serviços de saúde, por exemplo, são necessárias mercadorias: equipamentos, medicamentos, edifícios, telecomunicações, trabalho e por aí fora. Para que o produto final deixasse de ser uma mercadoria, teríamos de assistir a um milagre e eu penso que sei qual é, seria o milagre da transformação da quantidade em qualidade. A quantidade de mercadorias necessárias para um determinado serviço de saúde adquiriria a qualidade de um bem público, gratuito e infinitamente disponível. Como o ar que respiramos.
Poderíamos aplicar o mesmo raciocínio à educação e à informação ou a qualquer outro bem que na mente do D.O. não devesse ser mercantilizado, apesar de ser constituído por mercadorias.
Há pessoas que acreditam...
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