Cansados do Terror que dominava a França jacobina desde 93, alguns jacobinos mais sensatos propuseram o fim do regime odioso que enchera as prisões e os patíbulos de inocentes. Entre os proponentes, George Jacques Danton, uma das figuras mais carismáticas da Revolução, líder da Comuna Insurrecional de 92 que depôs Luís XVI, responsável (como o próprio reconheceria arrependido) pela perseguição e morte dos chefes girondinos, e Camille Desmoulins, que liderara a Tomada da Bastilha em 89, e dirigia o jornal Le Vieux Cordelier, onde se escrevia em favor da tolerância e contra os excessos da Revolução. Alguns meses mais tarde, a 5 de Abril de 94, seriam ambos guilhotinados, juntamente com mais alguns espíritos reconciliadores aos quais Maximilien Robespierre achou pouca graça e oportunidade. A Revolução tinha as suas regras e entre elas não estava a da conciliação.
Assim, só pode estranhar-se a falta da cultura histórica de alguns dos dirigentes do passoscoelhismo, revelada nesta inusitada e patusca proposta de um “Manifesto da Conciliação”, a cargo dessas duas etéreas figuras que são Marco António Costa e Carlos Carreiras, o primeiro, líder da Comuna Insurrecional do Porto, e o segundo, chefe da Comuna Insurrecional de Lisboa. Ora, no PSD os líderes nunca foram amados, mas temidos. E na revolução que o partido terá que atravessar para se recompor e voltar a ambicionar o poder, só o Terror poderá cimentar as relações entre quem se odeia há tantos e longos anos. O espírito da conciliação não é para aquele partido, menos ainda servirá de táctica para a subida ao poder seja de quem for.
Assim, só pode estranhar-se a falta da cultura histórica de alguns dos dirigentes do passoscoelhismo, revelada nesta inusitada e patusca proposta de um “Manifesto da Conciliação”, a cargo dessas duas etéreas figuras que são Marco António Costa e Carlos Carreiras, o primeiro, líder da Comuna Insurrecional do Porto, e o segundo, chefe da Comuna Insurrecional de Lisboa. Ora, no PSD os líderes nunca foram amados, mas temidos. E na revolução que o partido terá que atravessar para se recompor e voltar a ambicionar o poder, só o Terror poderá cimentar as relações entre quem se odeia há tantos e longos anos. O espírito da conciliação não é para aquele partido, menos ainda servirá de táctica para a subida ao poder seja de quem for.
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