Para Durão Barroso o principal muro que existe na Europa é o muro da pobreza. "Depois da queda do muro de Berlim, há 20 anos, continuam a existir muros na Europa, quiçá mais difíceis de derrubar".
Trata-se de uma declaração politicamente correcta, do Presidente da Comissão Europeia, mas trata-se também de uma meia-verdade, ou até de uma falsidade.
Depois da queda do muro de Berlim, todos pudemos contemplar a diferença de nível de vida entre as duas Alemanhas. A Alemanha Ocidental, com uma democracia liberal e capitalista, tinha enriquecido e a Alemanha Oriental, com um regime comunista/socialista, tinha empobrecido. Deixarmo-nos de socialismos, na Europa, é portanto o passo mais importante para minorar a pobreza.
O muro a derrubar é o da fé no socialismo e no papel do Estado. Um muro difícil de derrubar, porque a fé é cega e os argumentos racionais não demovem os crentes. Por outro lado, o socialismo e a social-democracia, enquanto formas atenuadas da doença, não se manifestam com a mesma virulência e, portanto, geram menos anticorpos, apesar de também serem letais.
Quem quiser dar o seu contributo para diminuir a pobreza, deve pegar na pena e, qual picareta, malhar no muro do socialismo. Esse é o muro que começou a ser derrubado há 20 anos, mas que ainda subsiste, de forma virtual, em quase todos os países da Europa.
PS: Os portugueses são, de todos os europeus, as principais vítimas contemporâneas do socialismo.
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