03 novembro 2009

Desvairados


A investigação "Face Oculta" está ainda no início, mas promete...

Como sempre, os visados merecem a presunção de inocência até prova em contrário, contudo, há elementos que já são públicos e que, sem constituírem qualquer ilegalidade, não ficam bem na moldura. É o caso das repetidas visitas de Manuel Godinho a Armando Vara ao seu gabinete na sede do BCP, sem que essas visitas tivessem a ver com assuntos do banco - conforme o BCP já afirmou em comunicado. Se Godinho e Vara eram amigos e se encontravam apenas para jogar às cartas, deviam tê-lo feito fora do horário de expediente e em local mais apropriado, o que também tiveram oportunidade de fazer nas outras vezes em que se encontraram para almoçar, jantar e discutir o estado da Nação.

Mas, enfim, este é o tipo de coisas que acontecem quando se misturam negócios com política. Que alguém sem perfil técnico para o cargo de administrador de BCP ocupe o seu tempo com coisas que nada têm a ver com o banco não surpreende. Aquilo que surpreende é o banco e seus accionistas aceitarem pagar centenas de milhares de euros por ano a alguém que, parece, se está nas tintas para o banco.

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