Antes de se pensar sequer no casamento gay, no tempo em que os machos competiam por levar o maior número possível de mulas ao castigo, era frequente os garanhões anilhados argumentarem que eram “solteiros”.
- Casado, eu? Não! A minha mulher é que está casada comigo.
Mais tarde, já quando o machismo começava a passar de moda, surgiu uma anedota para exemplificar esta situação de meio-compromisso. Dizia-se:
- É como os tomates, participam mas não entram.
Modernamente, esta semi-postura emerge, de novo, mas na política. É o fenómeno dos independentes eleitos em listas partidárias. Na última página do Público, por exemplo, escreve um eurodeputado que se identifica do seguinte modo:
- Deputado independente ao Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda.
Casado, eu? Não! O Bloco é que pensa que está casado comigo. Eu participo, mas não entro.
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