O PSD poderia beneficiar de um modelo bicéfalo de liderança. Um líder para governar o partido e divulgar o credo, e um líder para candidato a primeiro-ministro. Este último resultaria de uma candidatura individual, no seio do partido, após um processo de selecção a definir.
Este modelo seria idêntico ao norte-americano. Os partidos têm as suas próprias lideranças e apoiam determinados candidatos para o congresso e para a presidência. Neste momento, o líder do Partido Republicano é o Sr. Michael Steele, um ilustre desconhecido para a maior parte dos portugueses. Steele é um político experiente e tem sido um bom líder, mas não parece ter as qualidades necessárias para se candidatar à presidência. Os futuros candidatos à presidência irão surgindo à medida que se aproximem as eleições.
Será que este modelo serviria os interesses do PSD? É possível.
O PSD é o partido político, português, menos ideológico. O líder que “administrasse o partido” seria um fio condutor que supriria esta dificuldade. Por outro lado, a actual escolha de líderes está demasiado focada sobre pessoas com potencial para ganhar eleições.
A separação entre o líder administrador e o líder candidato poderia ser vantajosa para dar coesão ao partido e, em simultâneo, flexibilizar as escolhas dos candidatos a liderar o governo.
Este processo não seria muito diverso do que se passa actualmente com a eleição do Presidente da República, que é uma candidatura uni-pessoal apoiada por partidos. A grande diferença, a realçar, é que, neste cenário, a selecção do líder candidato ficaria limitada aos militantes do PSD.
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