Depois da subida dos impostos em Espanha, eis que surge uma surpresa agradável: em França, Sarkozy propõe REDUZIR a fiscalidade que incide sobre as empresas, abolindo aquilo que por lá se chama de imposto profissional e que diz respeito a uma taxa municipal paga pelas empresas. Eu, que aqui no PC tão crítico tenho sido de Sarkozy, estou surpreendido pela positiva e nem a, também anunciada, introdução da taxa de carbono (paga por todos sobre os combustíveis mais poluentes) faz esmorecer a minha alegria. Porque, a esta abolição do imposto profissional, talvez (?), se siga algum tipo de redução no IRC. E como, entretanto, todos ficámos a saber da admiração de José Sócrates por Sarkozy, quiçá, possamos ter algum milagre fiscal em Portugal também. Por fim, esta medida representa um passo na boa direcção, ou seja, a redução dos impostos directos em prol dos impostos indirectos, sendo que, apesar de tudo, o ideal seria a redução de todo o tipo de impostos.
Mas as boas notícias, ontem saídas do Eliseu, não se ficam por aqui. Também foi anunciada uma redução da Despesa Pública através da eliminação de 34 mil empregos na Função Pública - metade dos quais na Educação. Tudo isto no mesmo dia em que, em Portugal, foi divulgado o mais recente Boletim do Observatório do Emprego Público. De acordo com o documento, existem na Administração Pública 690 mil efectivos, dos quais 75% estão vinculados à Administração Central, cabendo à Educação, a grande distância de todos os outros ministérios, a maior parcela: 38% (!!) do total, num país que tem falta de jovens...
Enfim, "food for thought"... ou "donner à penser" como se diz em França.
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