Vamos equacionar o problema de Vernon, num sistema de saúde privado:
C=f(A,B)
Os gastos de C, a entidade pagadora, que neste cenário são as seguradoras, dependem dos incentivos que A tem para promover os seus serviços a B, e da facilidade que B tem em aceder a esses serviços.
Para diminuir os seus encargos, C esmaga os reembolsos de A e cria barreiras no acesso de B a A. Por exemplo, não financiam doenças prévias, estipulam taxas moderadoras e comparticipações e, por vezes, recorrem a expedientes como segundas opiniões e autorizações prévias, para refrear o consumo de B.
A, para se manter no mercado, responde aumentando a oferta e adoptando economias de escala. O resultado tem sido o aumento constante dos custos de C.
Porter identificou este fenómeno como resultando de uma concorrência de soma zero. Os operadores passam os custos de uns para os outros, sem criarem valor para os clientes finais e sem atacarem o cerne do problema de Vernon.
O Cenário 1 é insustentável.
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