22 setembro 2009

resmas de conspirações

Se o silêncio de Cavaco sobre o caso das escutas prejudicava objectivamente, até hoje, o PS, por deixar no ar a hipótese de uma conspiração do governo contra o presidente, a partir da demissão de Fernando Lima o silêncio do presidente passará a prejudicar o PSD, por suspeita evidente de que Cavaco, ou, pelo menos, de que gente da Presidência da República tenha montado uma conspiração contra o governo para beneficiar o principal partido da oposição.

Para o festim ser completo e para que não fique ninguém de fora, em homenagem ao sacrossanto princípio da igualdade, os novos serviços de informação da Presidência da República podiam deixar cair mais algumas pistas sobre o caso, por exemplo, que os jornalistas que urdiram a conspiração (não interessa qual) eram todos antigos empregados de Paulo Portas n' O Independente, que Louçã comprou os PPR noticiados pelo Expresso numa repartição bancária de que é gerente o Sr. Lima, irmão do agora deposto Fernando, e que, por sua vez, Jerónimo de Sousa foi visto a dançar alegremente, num baile de mulheres alentejanas da CGTP, quando estoirou a primeira manchete do Público, enquanto falava ao telefone com um certo “Nando”, cuja identidade todos negam conhecer no Comité Central. Quem já fez os estragos que fez praticamente sem abrir a boca, não terá dificuldade em lhes acrescentar alguns mais com meia dúzia de tretas. É que aqui ninguém é ingénuo...

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