Não imagino se o PSD vai ou não ganhar as legislativas. As sondagens, como temos visto pelos últimos actos eleitorais, não garantem nada nem coisa nenhuma. Nesta altura do campeonato, em que a campanha está a atingir, de ambos os lados, níveis lamacentos sofisticados, o resultado não pode ser assegurado por ninguém.
De todo em todo, é bom termos ciente que se o PS as ganhar, o PSD não poderá deixar de pagar por isso. Não por Manuela Ferreira Leite, que tem aguentado notavelmente a campanha praticamente sózinha, como já sucedera com Paulo Rangel nas europeias. Não por Ferreira Leite ter aberto as listas a candidatos duvidosos, erro que lhe poderá custar muito mais caro do que vale a asneira, sobretudo se os compararmos com o pessoal que pulula pelas listas de todos os partidos. Não por ter apresentado tardiamente o programa – já ninguém liga a isso -, ou por ser menos preclara na oralidade: Cavaco também o não era antes de ser primeiro-ministro, e para quem já não tem memória desses tempos sempre há o exemplo mais recente de Barroso. Menos ainda por ser presidente de um partido que arregimenta bombeiros e transeuntes para votarem nas eleições internas: todos o fazem e só quem não tenha nunca lido Eça pode julgar que alguma vez, em Portugal, não foi assim.
Manuela Ferreira Leite está a fazer um esforço notável para remover o PS do governo e para dar alguma dignidade ao PSD. Já lhe deu, pelo menos, uma inesperada vitória eleitoral, e a esperança de repetir o feito, numa eleição que todos julgavam antecipadamente perdida, até há bem pouco tempo. Se Manuela Ferreira Leite ganhar as eleições era bom que constituísse governo sem pensar neste PSD: terá legitimidade e autoridade para isso. Mas, se as perder, será o partido quem a derrotou. Nessas circunstâncias, espera-se que não fique pedra sobre pedra.
De todo em todo, é bom termos ciente que se o PS as ganhar, o PSD não poderá deixar de pagar por isso. Não por Manuela Ferreira Leite, que tem aguentado notavelmente a campanha praticamente sózinha, como já sucedera com Paulo Rangel nas europeias. Não por Ferreira Leite ter aberto as listas a candidatos duvidosos, erro que lhe poderá custar muito mais caro do que vale a asneira, sobretudo se os compararmos com o pessoal que pulula pelas listas de todos os partidos. Não por ter apresentado tardiamente o programa – já ninguém liga a isso -, ou por ser menos preclara na oralidade: Cavaco também o não era antes de ser primeiro-ministro, e para quem já não tem memória desses tempos sempre há o exemplo mais recente de Barroso. Menos ainda por ser presidente de um partido que arregimenta bombeiros e transeuntes para votarem nas eleições internas: todos o fazem e só quem não tenha nunca lido Eça pode julgar que alguma vez, em Portugal, não foi assim.
Manuela Ferreira Leite está a fazer um esforço notável para remover o PS do governo e para dar alguma dignidade ao PSD. Já lhe deu, pelo menos, uma inesperada vitória eleitoral, e a esperança de repetir o feito, numa eleição que todos julgavam antecipadamente perdida, até há bem pouco tempo. Se Manuela Ferreira Leite ganhar as eleições era bom que constituísse governo sem pensar neste PSD: terá legitimidade e autoridade para isso. Mas, se as perder, será o partido quem a derrotou. Nessas circunstâncias, espera-se que não fique pedra sobre pedra.
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