01 setembro 2009

cenários

Não são muitos os cenários pós-eleitorais possíveis, pelo que vale a pena meditar um pouco neles, e pedir aos partidos – sobretudo àqueles em quem admitimos vir a votar - que nos esclareçam sobre como se comportarão no dia 28 de Setembro.

Hipótese 1: O Partido Socialista ou o Partido Social Democrata vencem as eleições com maioria absoluta, hipótese remota mas que não se deve excluir. Assunto resolvido: cada um formará governo sem necessidade de recurso a coligações.

Hipótese 2: Partido Socialista vence sem maioria absoluta e é convidado a formar governo. Assim: a) forma governo minoritário sozinho; b) forma governo maioritário à esquerda, com o BE, ou à direita, com o CDS, na hipótese de conseguir maioria parlamentar com algum desses dois partidos; c) forma governo de coligação com o PSD, na hipótese de só conseguir maioria parlamentar com este partido.

Hipótese 3: Partido Social Democrata vence sem maioria absoluta e é convidado a formar governo. Assim: a) forma governo minoritário sozinho; b) forma governo de coligação com o CDS, caso consiga maioria absoluta parlamentar com esse partido; c) forma governo de coligação com o PS, na hipótese de só assim conseguir maioria parlamentar.

Como se vê, não são muitas as alternativas, pelo que não seria mau que os partidos nelas envolvidos, todos eles, a saber, o PS, o PSD, o BE e o CDS, se definissem antes das eleições. Pelo menos que nos digam com quem nunca, em circunstância alguma (e não com a evasiva de um “depois se verá”) formarão governo. Esta responsabilidade não cabe somente aos dois maiores partidos, mas também aos que podem vir a viabilizar maiorias absolutas. Deixar os eleitores no escuro a este respeito, só servirá para continuar a descredibilizar a democracia e o regime, e a fazer diminuir seriamente a confiança dos portugueses na política.

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