26 agosto 2009

o ensino da medicina

O ensino da medicina deve ser livre, neste ponto apoio sem reservas este post do Rui A..
Agora, paremos para reflectir. Portugal tem médicos a menos? Não. O número de médicos per/capita em Portugal é superior à média da OCDE. Então, que se passa? As autoridades fartam-se de falar na escassez de médicos e até estão a “importar” técnicos de medicina de Cuba... Há algo que não bate certo!
Eu explico, como o sistema de saúde está colectivizado, o número de médicos necessário (e os seus vencimentos) não é determinado pelo mercado, mas pelo MS.
Por exemplo, são necessários dois médicos para uma operação às cataratas. Um médico privado não pode passar atestados de doença, etc.
Se o sistema de saúde fosse privatizado (arrenego Satanás), teríamos desemprego médico e ninguém estaria interessado em abrir uma Faculdade de Medicina.
De algum modo, é algo parecido ao que já se passa em Espanha. Privatizar o ensino da medicina sem privatizar a saúde, meus caros, é alimentar ilusões. Recordemos, contudo, que o curso de medicina não serve apenas para exercer a profissão. Muitos médicos podem dedicar-se à investigação, à industria farmacêutica, à gestão... eu sei lá, à política. Sim, à política.

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