19 agosto 2009

e se nos deixássemos de merdas?...

Via Blasfémias e CAA, cheguei a este inenarrável post de Pacheco Pereira, onde ele, certamente preocupado pelas imprevisíveis consequências eleitorais dos recentes actos políticos do seu partido, nos quais terá provavelmente comparticipado, defende a peregrina tese de que nada importa, nas próximas eleições, que não seja substituir o governo do Partido Socialista. Tão pouco os “erros”, tão pouco os “erros graves” que ele reconhece terem sido cometidos por Manuela Ferreira Leite, e com os quais não “concorda”, dos quais não “gosta” e de que até acha “mal”. Tudo “tretas”, no fim de contas, perante o “simples, meridiano, claro facto” de que é necessário tirar o PS do governo.

Eu também concordo com este último ponto. Também julgo que o governo de José Sócrates é nocivo a Portugal e que urge substituí-lo. Pensei, por isso, que o partido a quem cabe vencê-lo nas próximas eleições, o PSD, e os seus dirigentes tivessem a suficiente noção das suas responsabilidades, e fossem capazes de evitar “erros graves”, segundo o Dr. Pacheco, tão graves que neste momento podem pôr em causa esse desígnio nacional que é tirar o PS do governo. Não foram. É pena. Em vez de terem pensado nesse “simples, meridiano e claro facto” que é o futuro do País, deixaram-se perder nas questiúnculas internas, nos ódios pessoais e nas jogatinas de aparelho. Nas merdas, perdão, nas tretas do costume, em suma.

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