Foi hoje divulgado que nos Estados Unidos existem 411 bancos problemáticos, a maior parte dos quais são bancos regionais. A fonte é oficial: trata-se do todo poderoso FDIC, o fundo de garantia norte-americano.
A notícia surpreende pela dimensão dos números. Nos últimos 12 meses, o sector da banca foi dizimado por insolvências - umas de pequena dimensão, outras de grande aparato. A lista agora apresentada, que representa um acréscimo de quase 150 bancos desde a última contagem, dá força aos argumentos daqueles que defendem que o colapso só não aconteceu porque se mudaram algumas regras a meio do jogo. A crítica refere-se especificamente ao relaxamento da regra "Mark to Market", decidida em Março pelos reguladores das práticas contabilísticas utilizadas na América. Na altura, sob forte pressão governamental, foi permitido aos bancos que contabilizassem muitos dos seus activos, depreciados pelas quedas da bolsa, ao custo histórico, com a finalidade de melhorar os seus balanços. Desde então, as acções da banca foram das que mais valorizaram, daí que fosse de esperar uma melhoria real - não apenas cosmética - dos fundamentais do sector bancário. Infelizmente, tal parece não estar a acontecer.
E em Portugal, como será que andam os nossos bancos?
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