Morreu hoje Sir Bobby Robson, um verdadeiro gentleman, um vencedor, mas que, na sua 5ª batalha contra o cancro, acabou por sucumbir à doença.
Bobby Robson foi uma figura consensual - gerava simpatia em toda a gente. Coisa rara, sobretudo em alguém que ao longo de uma carreira coleccionou um importante rol de troféus. Em Portugal, criou enorme empatia, apesar de nunca ter conseguido dominar o nosso idioma. Mas aquelas suas expressões portuguesas misturadas com o inglês eram por si só deliciosas ("passe precise, passe precise") e faziam as maravilhas de quem com ele lidava. As suas equipas eram máquinas de bom futebol, de futebol de ataque. Recordo-me daquela sensacional vitória sobre o Werder Bremen por 5 a 0 em terras germânicas! Eram equipas com alma, lutadoras - até conseguiu por o Semedo a fazer carrinhos, vá-se lá saber como! Enfim, eram equipas à imagem do seu treinador que, não obstante a alegria que exibia, impunha também a disciplina sempre que era necessário - coisa que, às vezes, no meu FC Porto de então era preciso (recordo-me daquela tirada do "Benfica 2 - Fernando Couto 0", depois deste ter sido expulso por agressão a Mozer). Depois do FC Porto, foi para o Barcelona onde continuou a trilhar o caminho do sucesso - vencendo a Taça das Taças - e conquistando simpatia.
Em suma, um grande senhor do futebol, que deixará saudade.
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