24 julho 2009

a saúde não é um direito

A saúde não é um direito. Mas esta afirmação é uma bomba atómica. É a afirmação que pode levar a que me insultem ou que a populaça se manifeste contra mim, com cartazes pagos pelo George Soros.
Os defensores da medicina socializada adoram gritar que a saúde é um direito. Berram, ameaçam, mas estão errados. A saúde não é um direito.

Isto é mais filosofia do que economia e eu não sou um filósofo. Contudo, não é necessário ser um grande filósofo para compreender que a saúde não é um “direito” como os outros. Os direitos sãos coisas que podemos fazer sem interferência (liberdade de expressão) ou coisas que não nos podem fazer sem a nossa autorização (entrar em nossa casa e apreender bens). Os direitos são protecções, não são prendas de bens materiais. Os bens materiais têm de ser tirados a outros ou retirados do trabalho de outros, ora acreditar que temos um direito absoluto a esses bens, quando os outros têm outro entendimento, é o mesmo que afirmar que temos o direito de os “roubar”. E o direito fundamental dos outros de não serem roubados?

A evolução constante dos cuidados de saúde fornece outro exemplo de que a saúde não é um direito. Alguém tinha direito a quimioterapia em 1600 DC? Podiam fazer as manifestações que quisessem, mas a verdade é que não existia quimio. Então, o direito à quimioterapia nasce quando um génio a inventa? Um fulano que não pagou pela investigação, que não deu qualquer contributo, donde provém o seu direito à quimioterapia? Como é que nasce um direito a coisas criadas pelos outros?

Não é possível ter direito a coisas que não existem e o simples facto de alguém as ter trazido ao mundo não afecta os nossos “direitos”. Mas estou certo que muitos discordarão.

Clifford Asness

PS: Um exemplo do que aqui disse.

Sem comentários: