16 julho 2009

Natalidade


A edição de ontem do Público noticiava que, no ano passado, houve 17 mil interrupções voluntárias de gravidez em Portugal e que cerca de 200 mulheres realizaram dois abortos em apenas 12 meses.

Ao contrário do jornalista, que colocou grande ênfase nas 200 mulheres que abortaram duas vezes num só ano, eu interpretei a notícia da seguinte forma: a nova lei não está a ser utilizada como uma nova política de contracepção. É que 400 abortos (200 mulheres * 2) não representam sequer 3% do número total de abortos (17 mil) realizados no ano passado. Ou seja, é erro estatístico.

Contudo, sendo aquela uma prática legal (e estando eu de acordo com isso), Portugal debate-se hoje com um tremendo problema de natalidade. De acordo com os últimos números, há cerca de 100 mil partos por ano no nosso país, número insuficiente para cobrir a mortalidade existente e que conduz ao envelhecimento e redução da população portuguesa. Assim, em vez de o Estado andar a dar subsídios a torto e a direito, muitas vezes a malandro(a)s que não querem trabalhar, talvez não fosse má ideia pagar um salário às nossas mulheres a fim de que estas pudessem ficar em casa a cuidar dos nossos filhos!

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