16 julho 2009

Fechando o perímetro


Na última semana, tenho andado a ler um livro chamado "The world is curved: hidden dangers to the global economy", de David Smick. Não se trata de nenhuma obra extraordinária - alguns temas são antigos e certos capítulos são até redundantes -, porém, em alguns domínios, avança com explicações e extrapolações interessantes.

Um dos capítulos refere-se à China. Ora, neste blogue, o comentador RB tem insistido na ideia de que a Globalização precisa de ser contida e que, em particular, são necessárias iniciativas que, no comércio internacional, coloquem em pé de igualdade os países ocidentais - os civilizados, respeitadores dos direitos humanos e da ecologia - com os demais - os selvagens -, sendo que, no caso destes últimos, a China é o país que mais atenção requer. Ou seja, subjacente a esta ideia, segundo eu bem entendo, está a noção de que os exportadores chineses atropelam tudo e todos, pondo em risco a competitividade das empresas ocidentais.

Contudo, será que o ímpeto exportador chinês tem origem sobretudo nos empresários chineses? Será que tem origem nos meadros do Partido Comunista? A tentação de responder afirmativamente as ambas as interrogações é grande, mas, de acordo com David Smick, essas são respostas incorrectas. A força exportadora proveniente da China tem origem, maioritariamente, no Ocidente! Assim, escreve o autor "Today, foreign-funded companies in China employ a mere 3% of the workforce (25 million workers) but are responsible for 55% of exports, 80% of export growth, 22% of GDP, and 41% of GDP growth." E esta, heim?!

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