Há cerca de três meses passei alguns dias em Nova Iorque. Há oito anos que não visitava a cidade e a última vez que lá estive não parti com saudades, pois levantei do aeroporto com destino a Lisboa exactamente doze horas antes dos ataques do 11 de Setembro. A primeira vez que fui a Nova Iorque foi no final dos anos setenta, e neste entretanto estive lá várias vezes.
O exercício que me propus nesta última visita foi o de comparar as minhas impressões da cidade e das pessoasa com aquelas que tive quando há trinta anos passei pela primeira vez alguns dias na cidade. Qual foi a principal diferença que observei? A de que os nova-iorquinos estão pessoas mais afáveis e a cidade é hoje muito menos agressiva do que era há 30 anos atrás.
Ao procurar as razões para esta diferença, logo me dei conta da quantidade de hispânicos e brasileiros que hoje vivem em Nova Iorque, trabalhando nos restaurantes, nos cafés, nos hoteis, nas lojas, etc., e que não existiam em número comparável, nem de longe, há três décadas atrás. As pessoas de cultura católica são mais afáveis do que as de cultura protestante. (Para chegar a Deus, os protestantes não precisam dos outros para nada; os católicos, pelo contrário, têm esse caminho sempre intermediado por outras pessoas - originalmente, os padres)
Parte desta afabilidade traduzia-se naquilo que me pareceu uma maior humildade, na forma como as pessoas falavam e até na maneira como se comportavam na rua. Ainda consequência do maior peso dos latino-americanos e da cultura católica? Provavemente sim, mas também, se calhar, um efeito do 11 de Setembro. Pela primeira vez na sua história os americanos deram-se conta que também eram vulneráveis, e mesmo ali no coração do seu país - Nova Iorque.
O exercício que me propus nesta última visita foi o de comparar as minhas impressões da cidade e das pessoasa com aquelas que tive quando há trinta anos passei pela primeira vez alguns dias na cidade. Qual foi a principal diferença que observei? A de que os nova-iorquinos estão pessoas mais afáveis e a cidade é hoje muito menos agressiva do que era há 30 anos atrás.
Ao procurar as razões para esta diferença, logo me dei conta da quantidade de hispânicos e brasileiros que hoje vivem em Nova Iorque, trabalhando nos restaurantes, nos cafés, nos hoteis, nas lojas, etc., e que não existiam em número comparável, nem de longe, há três décadas atrás. As pessoas de cultura católica são mais afáveis do que as de cultura protestante. (Para chegar a Deus, os protestantes não precisam dos outros para nada; os católicos, pelo contrário, têm esse caminho sempre intermediado por outras pessoas - originalmente, os padres)
Parte desta afabilidade traduzia-se naquilo que me pareceu uma maior humildade, na forma como as pessoas falavam e até na maneira como se comportavam na rua. Ainda consequência do maior peso dos latino-americanos e da cultura católica? Provavemente sim, mas também, se calhar, um efeito do 11 de Setembro. Pela primeira vez na sua história os americanos deram-se conta que também eram vulneráveis, e mesmo ali no coração do seu país - Nova Iorque.
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