02 julho 2009

a vida


No post anterior, o LG coloca pelo menos duas questões às quais eu gostaria de dar uma contribuição.

A primeira é a de saber qual é, afinal, a melhor das duas culturas - a católica ou a protestante? Eu não pretendo dar uma resposta pessoal, a qual envolveria os meus próprios preconceitos e enviesamentos. A realidade está aí para nos dar a resposta, pondo a questão: No universo dos países cristãos, qual a direcção predominante dos fluxos migratórios, dos países católicos para os protestantes, ou dos protestantes para os católicos?

A resposta é: dos países católicos para os protestantes.

A segunda questão consiste em saber se os países católicos, como Portugal e o Brasil, são reformáveis. Julgo que não. O principal defeito dos países católicos, e das pessoas de cultura católica, é precisamente o de serem irreformáveis. Reformam-se à mesma velocidade da Igreja Católica, que é praticamente zero. A Reforma Protestante ocorreu há seis séculos e se, nesse espaço de tempo, os países católicos não se reformaram, que razão teremos nós para pensar que se vão reformar no futuro?

No essencial, a mente do homem de cultura católica permanece a mesma desde a Idade Média. As alterações que sofreu foram motivadas por imitações importadas dos países protestantes, resultantes dos avanços da ciência e do pensamento nesses países. Luz eléctrica, medicamentos, automóveis, aviões, física mecânica e nuclear, computadores, ADN, internet, democracia, liberdade económica, tudo isso, quase sem excepção, foi inventado ou descoberto nos países protestantes.

Se não fosse a cultura protestante, a nossa a esperança de vida hoje seria pouco mais de 30 anos, como era no século XVIII . Graças a ela, é quase de 80. A cultura protestante, mau grado os seus defeitos, favorece a vida. A cultura católica, nos últimos séculos, em comparação, favorece a estagnação e, portanto, a morte. É sobretudo por esta razão que a cultura protestante é imensamente mais cristã do que a católica .

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