O post do LR que o Joaquim reproduz em baixo é uma importação e um lamento. É uma importação das ideias liberais desenvolvidas nos países anglo-saxónicos (Prot) e um lamento por verificar que elas, obviamente, não vingam num país como Portugal (Cath).
Os Prots não põem nada entre o homem e o céu. Os Caths, fazendo dos homens pecadores, colocam uma burocracia no meio para se certificarem que ninguém chega ao céu sem estar devidamente certificado. Nos Prots não existe regulamentação para chegar ao céu; nos Cats essa regulamentação existe, representada pelos Sacramentos da Igreja Católica.
Como sair daqui, permanecer no lamento, ou fazer alguma coisa e, neste caso, o que é que há a fazer para conseguir em Portugal uma democracia liberal do tipo anglo-saxónico? A resposta consiste, primeiro, em reconhecer a diferença cultural indicada acima e, depois, encontrar maneira de a resolver.
O que é que tornou liberais, no sentido anglo-saxónico, os países saídos da Reforma Protestante? A resposta é a liberalização da educação, a subtracção ao controlo por uma entidade (Igreja na altura, hoje o Estado) do sistema de educação. Se em Portugal um dia às pessoas fôr permitido abrir escolas e universidades, ensinando lá o que bem entendem para a educação dos seus filhos, sem qualquer controlo, dentro de uma ou duas gerações o país terá uma cultura liberal de onde florescerão novas ideias e novas instituições, e maior crescimento económico. Até lá, a burocracia e a centralização continuarão a abafar tudo.
Os Prots não põem nada entre o homem e o céu. Os Caths, fazendo dos homens pecadores, colocam uma burocracia no meio para se certificarem que ninguém chega ao céu sem estar devidamente certificado. Nos Prots não existe regulamentação para chegar ao céu; nos Cats essa regulamentação existe, representada pelos Sacramentos da Igreja Católica.
Como sair daqui, permanecer no lamento, ou fazer alguma coisa e, neste caso, o que é que há a fazer para conseguir em Portugal uma democracia liberal do tipo anglo-saxónico? A resposta consiste, primeiro, em reconhecer a diferença cultural indicada acima e, depois, encontrar maneira de a resolver.
O que é que tornou liberais, no sentido anglo-saxónico, os países saídos da Reforma Protestante? A resposta é a liberalização da educação, a subtracção ao controlo por uma entidade (Igreja na altura, hoje o Estado) do sistema de educação. Se em Portugal um dia às pessoas fôr permitido abrir escolas e universidades, ensinando lá o que bem entendem para a educação dos seus filhos, sem qualquer controlo, dentro de uma ou duas gerações o país terá uma cultura liberal de onde florescerão novas ideias e novas instituições, e maior crescimento económico. Até lá, a burocracia e a centralização continuarão a abafar tudo.
.
O facto de as universidades privadas nascidas na década de 80 estarem praticamente todas a caminho da falência, vergadas ao peso da uniformização que lhes foi imposta pelo Estado, e sem nunca terem conseguido ensinar nada de substancialmente diferente daquilo que ensinam as universidades públicas, mostra que a luz que um dia se abriu para a liberalização da sociedade, está em franca regressão, e que o país falhou mais uma oportunidade, como havia falhado outras no passado, de adquirir uma mentalidade nova e novos modos de viver.
.
O economista Frank Knight, pai da célebre Escola de Chicago que viria a produzir numerosos Prémios Nobel da Economia, escreveu um dia, à maneira tipicamente Prot, que "educar é desensinar com o objectivo explícito de superar o preconceito e a superstição". Não é possível desensinar numa universidade privada portuguesa quando se tem o Ministério da Educação por perto ameaçando fechar a universidade se isso fôr feito (isto é, se os programas não forem aprovados por ele).
.
O problema principal de Portugal, a sua dificuldade em modernizar-se excepto sob influência e o dinheiro do estrangeiro, é a uniformização dos espíritos gerada pelo controlo centralizado da educação. Excepto para um elite - que tradicionalmente foram os padres - esta uniformização é a fonte do embrutecimento do espírito que a toda a hora se manifesta no espaço público português e tolhe toda a possibilidade de renovação.
Sem comentários:
Enviar um comentário