Na prática, o pré-acordo rejeitado pela Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa promovia o ajustamento do custo unitário de trabalho dos seus colaboradores - que, a par do endividamento externo, é o grande drama da economia portuguesa.
De acordo com a OCDE, desde 2000, os custos unitários do trabalho em Portugal aumentaram 20 pontos percentuais face à Alemanha. Esta continua a ganhar competitividade face a Portugal e face a toda a zona euro. E, infelizmente, o mesmo também acontece na Polónia e na República Checa onde os ganhos de competitividade são ainda mais acentuados que os registados na Alemanha. No sector industrial, desde 2005, os custos unitários de trabalho na Polónia baixaram (repito, baixaram) 10 pontos percentuais. Na República Checa, no mesmo período, aumentaram 6 pontos, mas menos que na Alemanha (+10 pts pct.) e muito menos que na média da Zona Euro (+14,5 pts pct.).
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