a natureza humana

Provavelmente uma das diferenças principais entre a cultura protestante e a cultura católica é o ênfase que a primeira coloca na natureza humana e a segunda na personalidade. Daí resulta a capacidade da tradição protestante para teorizar sobre os comportamentos humanos de massa, que levou ao desenvolvimento das ciências sociais e humanas, e a incapacidade da tradição católica para o fazer. David Hume foi um dos primeiros teorizadores modernos da natureza humana e Adam Smith logo a seguir criou a Economia.
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A natureza humana inclui os traços essenciais que são comuns a todos os seres humanos e, nessa base, acredita que os homens são todos essencialmente iguais. A personalidade, pelo contrário, coloca o ênfase nas diferenças exteriores de carácter e acredita, por isso, que os homens são todos diferentes. Daí também a tendência para o personalismo nos países de tradição católica em confronto com a impessoalidade que caracteriza os países de tradição protestante.
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A crença de que os homens são radicalmente iguais leva à presunção de que é possível imaginar uma sociedade onde eles se sintam igualmente felizes, e esta é origem das ideologias modernas, todas elas de origem protestante. Pelo contrário, a crença de que os homens são radicalmente diferentes, exclui essa possibilidade, e torna os países de tradição católica desfasados da produção de ideologias e mal equipados para a discussão das ideias.